Todo investidor sabe que o segredo para alcançar bons resultados com seus investimentos é diversificar o portfólio. Nesse sentido, fazer investimentos em renda variável e em renda fixa, distribuindo o montante disponível para investir em vários ativos em vez de concentrar apenas um, pode fazer toda a diferença!
No entanto, antes de traçar a sua estratégia de investimentos e construir sua carteira, focando a diversificação, é de suma importância fazer a análise de risco dos investimentos pretendidos.
Neste artigo, explicaremos por que é importante entender o risco de cada aplicação antes de diversificar a carteira de investimentos, mencionaremos os tipos de riscos mais comuns e mostraremos como o risco impacta o retorno e a segurança dos investimentos. Também forneceremos dicas para equilibrar o risco com o objetivo financeiro do investidor.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
O que é risco no mercado financeiro
No mercado financeiro, o risco está relacionado à incerteza dos resultados do investimento. Assim, quanto mais previsível for o retorno, mais segura é a aplicação. Em contrapartida, quanto mais imprevisível, mais arriscado.
Assim, podemos definir risco como a possibilidade de que o retorno de um investimento seja diferente do esperado, o que pode significar perda parcial ou total do capital. Isso não se limita a perdas financeiras diretas: risco também envolve não atingir o retorno planejado ou sofrer variações expressivas no valor do ativo.
Tipos de risco mais comuns
Os principais tipos de riscos a que os investidores estão sujeitos são os seguintes:
· Risco de mercado: diz respeito à flutuação dos preços de ativos causada por mudanças em taxas de juros, inflação, câmbio, commodities ou no sentimento dos investidores;
· Risco de crédito: refere-se à possibilidade de inadimplência do emissor do ativo;
· Risco de liquidez: ocorre quando não é possível vender o ativo rapidamente sem impactar o preço;
· Risco operacional: erros internos, fraudes, falhas de sistemas ou processos que afetam o investimento;
· Risco cambial: para quem investe em ativos internacionais, flutuações no câmbio podem reduzir ou aumentar o retorno;
· Risco regulatório ou político: mudanças em leis, impostos ou políticas que possam afetar o desempenho dos investimentos.
Por que conhecer riscos antes da diversificação é fundamental
O primeiro e mais importante motivo é que diversificar sem compreender os riscos pode gerar uma percepção equivocada de proteção. Por exemplo, é possível investir em ações de várias empresas, mas não em todas do mesmo setor, já que isso não reduziria muito os riscos porque todas as companhias podem ser afetadas por um mesmo evento.
Além disso, conhecer o risco antes de diversificar permite alinhar os investimentos ao perfil do investidor, uma vez que cada um tem seu próprio grau de tolerância a riscos. Conhecendo os riscos previamente, é possível escolher ativos que combinem com o perfil (conservador, moderado ou arrojado) e evitar decisões que causem estresse ou perdas indesejadas/inesperadas.
Entender quais são os riscos de cada investimento também melhora a relação risco-retorno, à medida que, ao entender os riscos, o investidor consegue equilibrar a carteira, buscando o maior retorno possível para o nível de risco que está disposto a assumir.
Por fim, estar bem-informado sobre os riscos inerentes aos investimentos facilita a tomada de decisões estratégicas, já que o investidor consegue definir quanto investir em cada classe de ativo, qual porcentagem em investimentos indexados à inflação e a necessidade ou não de estratégias de hedge ou proteção contra volatilidade.
Como o risco impacta o retorno e a segurança dos investimentos
No mercado financeiro, existe um princípio amplamente reconhecido: quanto maior o risco, maior o retorno potencial do investimento. Isso porque, como visto, risco envolve variações no valor do investimento.
Nesse sentido, investimentos voláteis podem gerar ganhos rápidos, mas também perdas inesperadas. Quanto maior a volatilidade, maior a incerteza sobre a preservação do capital no curto prazo
Investimentos de baixo risco, em geral, proporcionam mais proteção ao capital, mas limitam o retorno real. Já investimentos de alto risco podem gerar retornos maiores, mas exigem do investidor tolerância a perdas temporárias, por isso, não são indicados para investidores de perfil conservador.
Estratégias para equilibrar risco e objetivo financeiro
Algumas estratégias que ajudam nesse equilíbrio são definir claramente o objetivo financeiro do investimento, diversificar efetivamente os ativos, alocando-os de acordo com o perfil de investidor, fazer uma gestão ativa e rebalancear o portfólio de tempos em tempos.
Ao longo do texto, ficou claro que conhecer os riscos permite diversificar a carteira de uma forma eficiente, balanceando ativos de baixo, médio e alto risco. Isso aumenta a segurança e traz mais equilíbrio, mantendo o potencial de retorno considerável.