“O Ministério da Saúde tem em mãos, neste momento, as vacinas tanto do Butantan quanto da AstraZeneca. Nós poderíamos, tanto num ato simbólico quanto numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa, mas, em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso. Não faremos uma jogada de marketing”, afirmou o ministro Pazuello, em uma clara resposta ao fato do governador Doria ter usado sua coletiva para imunizar a primeira pessoa no país com uma vacina contra a Covid-19.
Pazuello ainda acrescentou: “O nosso único objetivo nesse momento tem de ser o de salvar mais vidas e não o de fazer propaganda própria”.
Você viu?
Como as coletivas aconteceram ao mesmo tempo, João Doria só ficou sabendo das críticas quando foi questionado por um jornalista quando os microfones estavam abertos para as dúvidas. Ele então respondeu:
“O governo federal já há onze meses faz golpes de morte contra os brasileiros, com o negaconismo e recomendação para o uso da cloroquina (…) frases lamentáveis, como: ‘E daí?’, ‘pressa pra quê?’, ‘tome cloroquina que passa’, ‘já fiz tudo que podia’, ‘lavo as minhas mãos’, isto sim é golpe na vida e na saúde, na índole dos brasileiros”, disse Doria.
O governador ainda apontou para o fato do governo federal não ter tomado a iniciativa em produzir um imunizante, como, segundo o próprio governador, São Paulo fez.
“A vacina do butantan é a única do Brasil, porque São Paulo fez, porque agiu, não foi o Ministério da Saúde e nem o ministro Eduardo Pazuello, não foi Jair Bolsonaro, foi o Butantan”.
Dois homens são mortos com tiros na cabeça em Belo Horizonte
Dois homens foram assassinados com tiros na cabeça na região metropolitana de Belo Horizonte, na noite desta terça-feira (23). De acordo com a Polícia Militar, as vítimas tinham 29 e 31 anos e se chamavam Eliezer Pompermyer e Juarez Bernardo Oliveira.
Testemunhas contaram aos militares que ouviram os disparos e depois o barulho de uma moto fugindo. Por medo, moradores da área não deram mais nenhum detalhe sobre o crime. Até a noite desta terça nenhum familiar das vítimas tinha aparecido ao local do duplo homicídio.
Os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Betim, também na região metropolitana.
A autoria e motivação para o duplo assassinato ainda serão investigadas pela Polícia Civil. Os suspeitos seguem foragidos.
Nas imagens, é possível ver o momento em que o veículo sobe na calçada e atinge as pessoas
Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra um carro em alta velocidade, com as portas abertas, passando por uma rua em Madureira, na Zona Norte do Rio , subindo numa calçada e atropelando duas pessoas. Ele ainda bate em outro veículo. O motorista foge do local. Um grupo ainda tenta ir atrás do carro, mas não consegue alcançá-lo.
O caso ocorreu na última segunda-feira (22) na Rua Agostinho Barbalho, na Praça do Patriota. Bombeiros informaram que foram acionados por volta das 3h para o local. Lá, atenderam apenas uma vítima : Marcele Morata Alves, de 22 anos. Ela recusou ser levada para uma unidade de saúde, segundo informou a corporação.
A Polícia Civil não informou se foi aberta alguma investigação na delegacia da área, a 29ª DP (Madureira), sobre o atropelamento. Já nas redes sociais, algumas pessoas relataram que o atropelamento ocorreu após uma tentativa de assalto, mas isso também não foi confirmado.
Capitão da PM acusado de chefiar milícia é preso de novo um mês após ser solto
Você viu?
Um mês depois de ser colocado em liberdade, o capitão da PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, acusado de ser chefe de uma milícia que domina os bairros de Vargem Grande e Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio, foi novamente preso. O oficial teve a prisão decretada por outro crime relacionado à atuação do grupo paramilitar: os assassinatos de Jardel Felipe Rodrigues Neto e Renan da Silva Pinto, executados a tiros em janeiro de 2020 na Rua Capitão Pedro Afonso, em Vargem Grande.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Silva ordenou os homicídios porque a dupla vendia drogas no bairro sem a sua permissão. O inquérito da Delegacia de Homicídios (DH) descobriu que só a milícia do oficial tinha permissão para traficar drogas na região.
A nova prisão de Leonardo foi determinada pela juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal. Além do capitão, também respondem pelo homicídio dois comparsas: Caio Camilo de Jesus e Deivid Salgado da Silva. O oficial se entregou na última segunda-feira e já está na Unidade Prisional da PM. Os outros dois estão foragidos.
No dia 22 de janeiro, o juiz Leonardo Rodrigues da Silva Picanço, da 1ª Vara Criminal Especializada, determinou que o capitão fosse solto. A decisão, que beneficiou outros seis réus, foi tomada durante uma audiência do processo a que o grupo responde pelo crime de associação criminosa.
O magistrado argumentou, na ocasião, que “não mais se tem por presente, neste momento, ameaça devidamente delineada à ordem pública, à instrução criminal”, porque os depoimentos das testemunhas já foram tomados. Todos haviam sido presos na Operação Porto Firme, deflagrada pela DH em julho do ano passado.
A investigação que levou o capitão à cadeia revelou que o grupo paramilitar explorava a venda de drogas na região, o que levou a quadrilha a ser chamada de “narcomilícia” pela polícia. Ao longo do inquérito, que contou com interceptações telefônicas de diversos integrantes da quadrilha, a Polícia Civil e o Ministério Público descobriu que o grupo explorava uma série de atividades criminosas, como tráfico de drogas, extorsão, agiotagem e corrupção de agentes públicos.
Ao longo do inquérito, a polícia descobriu que a “narcomilícia” conseguiu até unir a grilagem de terras ao tráfico de armas. Interceptações telefônicas mostram que os milicianos invadiam terrenos — muitos em áreas de proteção ambiental —, faziam obras de terraplanagem, conseguiam “esquentar” a documentação dessas áreas e, por fim, trocavam os lotes por armamento.
O grupo também era implacável com seus desafetos. Os paramilitares chegaram a atacar com rojões a casa de um morador da região que denunciou o grupo à polícia. Os ataques faziam, segundo a polícia, parte de uma rotina de intimidação da milícia para garantir o silêncio da população: a quadrilha também costumava enviar cartas com ameaças e também pichava as fachadas para marcar as casas dos “desafetos”.
Antes de ser preso, o capitão Leonardo Silva ocupava um cargo importante na Polícia Militar, responsável por fiscalizar gastos da corporação: Silva era gestor de contratos da Diretoria de Transporte (DT). Sua atribuição era supervisionar contratos das oficinas mecânicas credenciadas pela PM para a manutenção de viaturas.